Acabo de ler um excelente artigo sobre o Guarani Paraguayo -- "Ese famoso (y dichoso) bilingüismo paraguayo", escrito por Bartolomeu Meliá, uma das maiores autoridades no assunto. O artigo, publicado na edição de 2005 do Anuario do Centro Virtual Cervantes (uma fonte muito útil, aliás, para quem tem interesse profissional pelo espanhol), apresenta um relato detalhado das origens do bilingüismo paraguaio, desde suas origens coloniais ao presente, incluindo o papel desempenhado pelo Guarani em momentos cruciais da história paraguaia, como as Guerras da "Triple Alianza" (conhecida, nos nossos livros de história, como a Guerra do Paraguai) e do Chaco. Eis um trecho da conclusão -- eloqüente, com uma pitada meio melancólica de poesia:
"Cuando no se hable guaraní, cuando haya huecos y vacíos, como los comienza a haber en el mapa del Paraguay, en los que ya no se habla guaraní, la política lingüística se encontrará ante una selva deforestada, un campo de soledad y triste panorama, cuya recuperación costará al fin vanos esfuerzos. El castellano estará al mismo tiempo en peores condiciones para afirmarse. Ya lo estamos experimentando. Hay un tipo de globalización que sólo difunde la «no lengua», pobre y esmirriada, de los aeropuertos de paso y de las calles sin rostro."
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